“Você não precisa controlar muitas pessoas, você pode
controlar o que elas acreditam e você pode controlar as coisas das quais elas
têm acesso. Se você pode controlar o que elas sabem o resto é muito fácil”.
John Perry Barlow, cofundador da Electronic Frontier Foundation.
A internet tem o poder de
promover revoluções, desmistificar fantasmas do passado e acender as chamas
para o novo. Na era da informação a palavra chave é CONTROLE, nunca antes se
viu tamanha atenção sobre as informações que circulam pela rede diariamente.
Controlar essas informações e retê-las significa deter o conhecimento. Mas
estamos falando de internet e neste mundo virtual a palavra controle
praticamente não existe.
Um bom exemplo disso é o WikiLeaks,
uma organização transnacional, sem fins lucrativos, sediada na Suécia; que
publica, em sua página, postagens de fontes anônimas, documentos, fotos e
informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas, sobre assuntos
sensíveis. Há um empenho enorme pelo governo em fechar o WikiLeaks, porém ele
usa criptografia militar e seus arquivos e servidores são quase invioláveis.
Então, controlar a informação parece não ser tão fácil assim, mas existe um
lugar onde isso -ainda- é feito com êxito. Qual?
A China, o país tem mais de meio
bilhão de usuários de internet o que o torna o país mais conectado do mundo,
porém esse número representa apenas 34.30% da população. Refém do partido
comunista há mais de 60 anos a China tem sérios problemas no que diz respeito à
liberdade, pois o governo da China tem sido descrito como autoritário,
comunista e socialista, com restrições em diversas áreas, em especial no que se
refere às liberdades de imprensa, de reunião, de movimento, de direitos
reprodutivos e de religião, além de alguns obstáculos ao livre uso da internet.
Para você ter uma ideia, além da
China restringir pesquisas no buscador Google, dificultar totalmente a
penetração de empresas de tecnologia no país -como a Apple- ela ainda mantém
mais de 300 mil centros de operações onde “Analistas da Internet” disseminam
comentários em apologia ao governo e suas políticas. Eles seguem duas bases da
censura, bloquear e reorientar. São chamados de “O exercito do 50 centavos” em
função da forma como são pagos.
“As pessoas deveriam pensar com
mais cuidado sobre que tipo de informações querem divulgar e como ela será
usada”. Bill Gates, fundador da Microsoft.
E isso tudo nos dá uma prévia do
quão importante é a informação, alguns tentam controlá-la, outros manipulá-la,
mas todos a querem.
Cada vez mais se fala em
computação em nuvem não só pela sua capacidade de organização, mas acima de
tudo pela economia, especialistas dizem que a computação em nuvem reduz em até 98% os custos da empresa. Ela é a mais clara evidencia da nova tendência mundial,
tudo em um único lugar. A principal questão que se faz presente diante de
tamanha centralização da informação é: Quem vai controlá-la?
A Google foi uma das primeiras
empresas a criarem o que chamam de “Centros de Dados”, nunca revelou ao certo a
quantidade, mas estima-se que existam cerca de 03 dúzias espalhados pelo mundo.
Esses centros de dados são nada mais que enormes estruturas construídas em
áreas de pouco interesse pela maioria das pessoas, servem de HDs –enormes HDs-
onde armazenam todas as informações dos mais de 50 serviços que a Google
oferece.
E ainda podemos ir mais longe, a
missão da empresa Google, segundo consta em seu próprio site é: “Organizar as
informações do mundo e torná-las mundialmente acessíveis e úteis”. O que dizer
de serviços do Google como o “Google Street View”, “You Tube”, “Google Books”,
“Google News”, “Blogger”, “Gmail”, “Google+”, “Orkut”, “Google Chrome”, e
tantos outros. Verdadeiras fábricas de informações que tendem a ficar na linha
tênue entre o público e o privado, o ético e o antiético, o correto e o
incorreto.
“...no passado os modelos
tradicionais viviam da escassez, o que eu não acho que seja saudável para a
sociedade. Poucas pessoas tendo o controle da criação de todo o conteúdo no
mundo e também o controle de toda a distribuição”. Chad Hurley, CEO do You
Tube.

Como já acontece. Possivelmente crackers
chineses tentaram invadir servidores da casa branca com a intensão de roubar
informações sobre os mecanismos de controle de bombas nucleares, a Casa Branca confirmou o ataque, mas nega o roubo de informações. Esses mesmos crackers
invadiram a Google, desta vez com êxito e roubaram informações de contas de
e-mails, tempos atrás.
Como centralizar as informações do
mundo se você mal protege as que já têm?
Nenhum comentário:
Postar um comentário