Talvez seja impossível
determinar o motivo que leva uma pessoa a cometer tantos erros sem
pensar no futuro ou simplesmente o ignorando.
Como se a dor fosse alento para tanto sofrimento e desilusões;
quando nos deparamos com problemas de verdade as pequenas coisas que
nos transformam em desistentes passam a ser insignificantes e tudo o
que era antes intransponível, agora passa a ser simplesmente passado.
Dormindo sobre pensamento que nos elevam e nos transportam para além
do imaginável, sonhamos com as possibilidades não vividas,
oportunidades perdidas e amores não sentidos, como velhos a beira da
morte... Estamos nostálgicos.
Regredir ao passado não
é possível sem viver o presente, imaginar o futuro não é possível
sem que haja um pingo de esperança. A morte seria o fim de tudo o
que nem sabemos ao certo, essa metamorfose nos enlouquece e nos
transforma. Diante de tantas possibilidades sempre ficamos
tendenciados a não fazer escolha alguma e nos deixar levar pelas
arestas que se formam aos nossas pés. Doentes, nos sentimos. Como de
cãs, nos imaginamos, refletimos sobretudo aquilo que esperávamos, mas que apenas esperávamos.
Nos lamentamos. E é
sempre assim, voltar nunca é bom, então por que fazemos? Seria nossa
parte masoquista falando mais alto ou apenas uma tentativa desesperada
de mudar aquilo que não nos orgulhamos. Aquilo que faz parte de nós,
mas que nunca desejamos.
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